um domingo 'mesmo' domingo

Domingo é mesmo aquele dia de sofá. Daqueles dias em que não apetece fazer nada e ficar quietinha em qualquer lado a ler um livro, ver um filme ou escrever. O dia acordou feio e chuvoso. Senti-me como o tempo. Agora, o sol brilha e eu também. Vou até a esplanada beber um café e ser brindada com a presença dos meus amigos. Boa escolha, parece-me.

Vou aqui deixar um excerto de um livro que gosto muito e que hoje de manhã fui buscar para reler.

‘Faz hoje dois meses que… tu sabes! Ainda me parece absurdo demais para conseguir acreditar que partiste para sempre, e me deixaste com a presença da tua ausência.
Fazes-me falta… o teu sorriso, a tua compreensão, a forma como sempre me davas a volta! È estranho como me sinto bem a escrever para ti, sabendo que nunca me vais poder ler, mas, de certa maneira, é a forma que encontro de chegar até ti.
Lembro-me como entrei na tua vida e como fui ficando. Os momentos que partilhamos, tantas coisas que trocamos, até que aquele estúpido acidente te levou. É cruel demais a dor que sinto, o facto de ter que me conformar que já não te tenho e que nada posso fazer para mudar esta realidade.
Foste especial. A nossa cumplicidade tão única e singular continua a fazer-me sorrir. Conhecias-me tão bem, que não precisava de falar para te dizer o que quer que fosse. Creio que as memórias que vou guardar, serão sempre o melhor de ti: o calor do teu abraço, a meiguice do teu olhar, a tua doce gargalhada, o facto de me conseguires fazer sentir especial, mesmo nos dias maus. Tudo aquilo que fez de nós, o que sou hoje.’

Margarida Pereira

Temos que nos adapatar às realidades que vamos vivendo. Novas situações, novas caras. Todos os dias nos deparamos com escolhas, ou obrigações às quais temos que obedecer ou de alguma forma encará-las como contratempos do dia-a-dia. Boas ou más, passamos por elas. Mas como eu já disse e como guerreira que sou, a minha espada nunca perde vida. Nem o meu sorriso. O Sol chegou e eu também! :)